E ela sumiu da festa, da brilhante festa que estava sendo realizada, fugiu dos brindes, da batida da musica, das pessoas e de toda a euforia que estava ali
Seguiu na beira do mar, sentindo o vento, com seu drinque na mão e alguns pensamentos que traziam conforto
De repente, sem nenhuma combinação recebeu uma companhia, naquele andar sem motivação alguma
Sentou com seu vestido de renda na areia e com aquele que tanto admirava compartilhou dezenas de assuntos, do mar, dos sentimentos, do tempo, da musica, da vida, dos sorrisos, das vozes, das palavras, gestos, atitudes, mudanças, prazeres, erros, e nisso ficaram ali horas.
Quando numa supresa tão grande pra ela quanto pra ele viram suas bocas entrelaçadas, era a primeira vez que ela sentiu tanto amor, o sabor quente de sua boca, sentindo a sua respiração junto a dele, tão afegante e tão verdadeira com tanta adrelina quanto com doçura, seguida de caricias na face e no encontro do nariz e de todo o rosto, e do olhar que ficou ali paralizado como que eternizando, aquilo que era tão simples, tão natural, tão encantador, tão incomum, tão primeira vez
E voltaram aos assuntos com um sorriso no olhar, e com a inocência de crianças, como que num abraço passassem a mensagem de que um era importante para o outro, e que era necessário vida, mar, calor e supresas, coisas simples e tão encantadoras